Perspectiva Omnilética

Desde seu início, em 2003, o LaPEADE, vem realizando estudos e pesquisas a respeito dos processos de inclusão e exclusão em Educação. Por meio desses estudos vem construindo uma base teórico-metodológica denominada por Santos (2013) de perspectiva omnilética, por meio da qual analisamos os fenômenos educacionais de uma maneira totalizante, compreendendo as diferenças como partes de um todo, caracterizado por suas relações dialéticas, complexas, culturais, políticas e práticas.

Sendo assim, para nós, inclusão é processo dialético, e por isso nos baseamos em Lukács (2010), porque se desenvolve infinitamente a partir da relação complementar e ao mesmo tempo contraditória existente entre os processos inclusão/exclusão. É também processo complexo porque é ao mesmo tempo incompleto, incerto e auto-eco-organizador, conforme Morin (2016).

A incerteza do processo se dá pelo fato de ele não ter um final ao qual se chegar, nem mesmo um caminho “correto” a ser percorrido. Não há manual de instruções, nem um guia prático de inclusão. Além disso, nesse processo, três dimensões devem ser reconhecidas em estado permanente de interação e movimento: as culturas, as políticas e as práticas (BOOTH; AINSCOW, 2011).

Vale ressaltar, segundo Santos (2009), que a dimensão das culturas representa nossos valores e crenças; a dimensão das políticas, nossas intenções, planejamentos e acordos (ditos, escritos ou não) e a das práticas representa as nossas ações propriamente ditas. Essas dimensões imbricam-se de forma dialética e complexa.

Representação Gráfica da OMNILÉTICA

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