Pesquisas em Andamento

PESQUISA De COVID a COM VIDA - Ainda que Remota: experiências docentes de busca de inclusão em tempos de Pandemia e além


Este projeto tem por objetivo geral realizar um estudo colaborativo e longitudinal com professores de quatro países sul-americanos (Argentina, Brasil, Chile e Uruguai), investigando seus processos de adaptação às medidas emergenciais governamentais tomadas por conta da Pandemia causado pelo novo corona vírus (COVID-19) e seus impactos em suas vidas cotidianas, no exercício de sua profissão e, consequentemente, na Educação.

Especificamente, pretendemos:

Levantar as políticas emergenciais nacionais relativas à Educação dos quatro países desde o início da Pandemia;

Mapear as medidas políticas referentes a processos de flexibilização para que se efetivasse o retorno às aulas presenciais;

Efetuar uma análise comparativa crítica dessas políticas, tendo em vista extrair componentes bem-sucedidos e idiossincráticos que permitam realizar um mapeamento geral que contenha pontos de partida para reflexão;

Acompanhar, ao longo de três anos consecutivos, 5 professores de Educação Básica de cada um dos quatro países (totalizando 20 professores), com o intuito de registrar de que modo vêm se ajustando à Pandemia e às políticas emergenciais de educação e seus países, que desafios têm encarado e como os têm enfrentado, que estratégias têm desenvolvido e que avaliação fazem de tais estratégias, que dificuldades encontram pelo caminho e de que ordem são mais predominantes (de saúde? pessoal? profissional? outras? todas? nenhuma dessas?) e como se desenrolarão suas vidas pelos próximos anos.

Trata-se de uma pesquisa qualitativa, por trabalhar com a busca pela compreensão de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, remetendo aos pesquisadores um estado mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos.

Observatório Internacional de Inclusão, Interculturalidade e Inovação Pedagógica - OIIIIPe

Subprojeto UFRJ/UNESP-Bauru (2020-2024): Da Concepção ‘sobre’, à Docência ‘com base na’ Inclusão: Licenciandos em preparo

Pesquisa com início previsto para agosto de 2020, se norteia pelos princípios assentados no OIIIIPe (projeto-matriz), e se enquadra no eixo temático Inclusão, dos três eixos temáticos centrais (inclusão, interculturalidade e inovação pedagógica), com desdobramentos ao eixo da Inovação Pedagógica, mais diretamente, e da Interculturalidade, de forma mais indireta. Seu referencial analítico e metodológico principal é o da perspectiva Omnilética.

A pesquisa objetiva realizar um levantamento das percepções de professores em formação inicial referentes à pessoa com deficiência e seu contexto social e educativo. No processo, manter-se-á em vista um desdobramento formativo complementar em torno da criação de dispositivos de auxílio ao professor para a inclusão de alunos com deficiência em suas aulas, mas também de aprofundamento de suas reflexões sobre o conceito de inclusão para este público e para além dele e suas implicações profissionais docentes. Para o cumprimento do objetivo geral, foram elencados os seguintes objetivos específicos:

a) levantar as concepções de inclusão de futuros professores de 7 cursos de Licenciatura, comuns às duas universidades participantes;

b) identificar as percepções formativas desses licenciandos;

c) elencar possíveis lacunas formativas presentes na percepção desses futuros professores e cotejar com as ementas e planos de ensino das disciplinas formativas voltadas para inclusão da pessoa com deficiência;

d) elencar indicativos necessários para a formação de professores para atuação em contexto de promoção de inclusão de pessoas com deficiência;

e) a partir dos indicativos elencados, desenvolver dispositivo(s) que abarque(m) as questões da TA e atenda(m) às demandas dos professores em formação.


Pesquisa desenvolvida pela Profa. Dra. Mônica Pereira dos Santos

Educação de Refugiados

Esta pesquisa teve início em 2016, culminando, em 2017, na monografia “Educação para refugiados congoleses em Duque de Caxias/RJ: A (in)devida inclusão de crianças e adolescentes” em sequência, na dissertação “Reflexões sobre o acesso e permanência de crianças refugiadas no Rio de Janeiro” defendida em fevereiro de 2020. Os dados coletados em ambos os trabalhos apontam para a exclusão das crianças refugiadas no ambiente escolar no estado do Rio de Janeiro, por chegarem nas escolas brasileiras sem possuírem o domínio da língua portuguesa e serem originárias de outra cultura. Como desenvolvimento dessa pesquisa tenho por objetivo compreender a inserção desse público alvo em outras escolas do estado da federação, levando em consideração os aspectos culturais, socioeconômicos e linguísticos de cada criança, compreendendo que a inclusão em educação só é possível com a participação de todos (SANTOS, 2013).

Pesquisa desenvolvida pelo Profº Ms. Maicon Salvino Nunes de Almeida e orientada pela Profª Dr.ª Mônica Pereira dos Santos

Inclusão em Educação de Jovens e Adultos

Nosso interesse e justificativa nesse assunto se deve, primeiramente, por sermos professores da EJA no município de Duque de Caxias. Pelo fácil acesso que teremos ao município, realizaremos a nossa pesquisa nessa rede. Segundo os dados do IBGE/senso 2010 (ano do senso completo), Duque de Caxias, ocupa o ranking 1574º no IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano) dos municípios brasileiros. Fato que nos intriga, pois o município possui 25% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional ficando atrás, apenas, de cidades como: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília Manaus e Belo Horizonte. Segundo o IBGE o IDHM é calculado tem com base em três dimensões: longevidade, taxa de escolarização da população adulta e renda per capita. A população de Duque de Caxias, em 2018, foi estimada em torno de 914 383 habitantes. Esse município tem 45 escolas que oferecem cursos de EJA nas etapas iniciais e finais do ensino fundamental e cerca de 9000 alunos. As etapas finais, no entanto, apresentam um grande número de jovens provenientes do ensino fundamental, que vem a procura da terminalidade, e de jovens e adultos que não tiveram acesso na idade própria. Se a escolaridade da população adulta é baixa, o que acaba influenciando no IDMH da cidade, a necessidade de uma educação transformadora e humanizadora se constitui como um importante instrumento para impactos significativos na vida população. Portanto, consideramos pertinente investigar com os professores que trabalham na EJA, desse município, compreendem em suas práticas a necessidade de processos de inclusão descoloniais e como esses movimentos interferem nas culturas que envolvem os diferentes posicionamentos éticos dos alunos em prol das transformações das políticas sociais.



Pesquisa desenvolvida pela Profª Ms. Rita de Cássia de Souza e Silva e orientada pela Profª Drª Mônica Pereira dos Santos

Inclusão na Formação inicial de Professores no Brasil e em Cabo Verde

Este estudo constitui-se em uma investigação de caráter qualitativo, do tipo pesquisa descritiva e analítica (quanto aos seus objetivos) e documental (quanto as fontes e os procedimentos de coleta de dados). Tem como objeto de estudo a Universidade de Cabo Verde (UNICV) e a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). Logo, esta tem como objetivo geral investigar e compreender a evolução da temática “Inclusão”, na história da UNIFAP e UNICV, no que tange à formação inicial de professores a partir de 2009, quando do lançamento do documento que traz As novas dinâmicas do Ensino Superior e pesquisas para a mudança e o desenvolvimento social, a 2019. Neste contexto, buscamos responder à seguinte questão: de que forma inclusão tem evoluído nas normativas nacionais e internacionais da UNIFAP e da UNICV, ao longo desta última década? Como essa evolução se reflete na formação inicial de professores, em termos normativos e práticos, em cada uma das universidades investigadas? A título de embasamento teórico, utilizaremos alguns autores que se dedicam a estudar as temáticas formação de professores, inclusão em educação e omnilética, como: Santos, Booth & Ainscow, Nóvoa, Tardif, Lawn, Gatti, Barreto e André. Para a coleta de dados serão realizadas entrevista e levantamento documental. Em relação à análise dos dados, nos pautaremos na perspectiva Omnilética de análise de Santos (2013), a qual nos permite olhar os fenômenos sociais nas suas dimensões culturais, políticas e práticas para além do binarismo usual com que costumeiramente analisamos o mundo.

Pesquisa desenvolvida pela Profª Ms.Leyse Monick França Nascimento e orientada pela Profª Drª Mônica Pereira dos Santos

Inclusão de Alunos Público Alvo da Educação Especial

Esta proposta de projeto de pesquisa para a Tese de Doutorado: “Público-Alvo da Educação Especial: a Avaliação em Questão e seus Desafios à Formação de Professores na Perspectiva Omnilética” dialoga com uma pesquisa realizada no Laboratório de Pesquisa, Estudos e Apoio à Participação e à Diversidade em Educação (LaPEADE), no período de 2011-2017, articulada à pesquisa do Observatório Nacional de Educação Especial (ONEESP), intitulada Observatório de Educação Especial do Rio de Janeiro. A pesquisa do ONEESP se desenvolveu entre 2011-2015, entretanto o OEERJ a estendeu até 2017. O presente projeto de pesquisa propõe levantar a percepção tanto aos professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) quanto àqueles das classes comuns, além do aluno público-alvo da Educação Especial (PAEE), enquanto investiga e analisa, na perspectiva omnilética, como argumentam/trabalham sobre as suas culturas, políticas e práticas, entrelaçadas dialética e complexamente, sobre avaliação, tendo como pano de fundo a inclusão desse público, que esteja vivendo situações de exclusão, quando avaliados. Este projeto, também se constitui em uma pesquisa colaborativa, mediante cursos de extensão (OEERJ, 2017), questionário do Observatório Nacional de Educação Especial (ONEESP, 2010) para os professores, tanto do AEE quanto das classes comuns; e entrevista com aluna público-alvo da EE, que serão explanados no Capítulo 1, que versará sobre a Metodologia. Almeja-se mapear o potencial protagonista da ação docente para a elaboração de estratégias pedagógicas próprias, que promovam o debate, a identificação e a valorização da diversidade e a eliminação das barreiras à inclusão em educação, entre os professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), que atuam nas salas de recursos multifuncionais (SRMs) e aqueles que regem em salas comuns quanto à temática. Utilizar-se-á a perspectiva Omnilética (SANTOS, 2013), articulando as cinco dimensões: culturas políticas e práticas (BOOTH & AINSCOW, 2011); dialética (LUKÁCS, 2003) e complexidade (MORIN, 2015, 2002) quanto à avaliação do PAEE, dentre outros, entre os professores do AEE com os professores das salas comuns; a aluna PAEE; e as questões desafiadoras deste público na formação dos professores.


Pesquisa desenvolvida pela Profª Ms. Angela Maria Venturini e orientada pela Profª Drª Mônica Pereira dos Santos